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SEM FILTRO
A entrada para o universo Philip Morris International (PMI), em 1997, permitiu à Tabaqueira expandir-se à medida da sua ambição. Com o investimento da casa-mãe na modernização da operação, a empresa virou-se para o exterior e hoje afirma-se com um dos mais eficientes centros de produção da PMI na Europa. Apostada na inovação, a Tabaqueira assumiu o desígnio de fazer do mercado português um dos pioneiros na transformação rumo a um futuro sem fumo: Portugal foi o quarto país no mundo a disponibilizar o inovador sistema de tabaco aquecido da PMI, que, baseado em evidência científica, se assume como melhor alternativa aos cigarros tradicionais, menos nociva e com potenciais benefícios para a saúde pública.
Quando o Estado português decidiu avançar para a privatização da Tabaqueira, a organização destacava-se pelo seu desenvolvimento tecnológico e pela solidez do negócio, representando uma importante quota de mercado e uma ‘pegada económica’ já muito significativa – na altura, o seu universo detinha mais de uma centena de empresas, em setores tão diversos como a indústria agroalimentar, os seguros, o imobiliário, a indústria gráfica, os transportes e distribuição, marcando também presença em Angola, Moçambique, Guiné e Cabo Verde. Mas a dimensão do mercado nacional impedia a empresa de crescer à medida da sua ambição.
Em 1997, quando a PMI concluiu a primeira fase da privatização (ficando uma quota de 65% do capital da empresa), a Tabaqueira exportava, então, apenas 3% da sua produção. O investimento no aumento da capacidade de produtiva, a concentração no core business e consequente alienação da maior parte das empresas participadas, assim como as mudanças introduzidas ao nível da gestão e dos sistemas informáticos, foram determinantes para lançar a Tabaqueira no caminho do crescimento e além-fronteiras. O processo de privatização ficou concluído em dezembro de 2000, quando a PMI adquiriu praticamente a totalidade do capital da companhia nacional, num processo em que a Tabaqueira pôde preservar a sua autonomia, sendo um dos casos raros de aquisição em que a designação da empresa se manteve.
Com a chegada de investimento direto estrangeiro, e a consequente modernização da fábrica, as limitações ao crescimento da Tabaqueira foram superadas. Praticamente €390 milhões investidos depois, a Tabaqueira já exporta 86% da sua produção, cerca de €719 milhões (dados de 2021), para mais de 20 mercados, assumindo-se como um dos centros de produção mais modernos e eficientes da PMI na Europa.
Mudar o negócio, construir o futuro
Desde 2016, juntamente com a casa-mãe, a Tabaqueira assumiu para si o propósito de transformar o seu negócio, por forma a que todos os fumadores que, de outro modo, continuariam a fumar, possam optar por produtos alternativos, devidamente substanciados em evidência científica, como sendo menos nocivos. Este processo, orientado pela Ciência e pela Inovação, a partir do centro de Investigação & Desenvolvimento da PMI em Lausanne, na Suíça, está a transformar a indústria tabaqueira – com a PMI e a Tabaqueira, em Portugal, a liderarem esse processo.
Portugal foi o quarto mercado no mundo a disponibilizar o sistema IQOS, sem combustão, registando já a transição de 300 mil fumadores adultos para esta solução alternativa, menos nociva – como a seu tempo, em 2020, a Agência Americana para a Segurança Alimentar e para o Medicamento, a Food and Drug Administration (FDA), veio a comprovar após análise a extensa evidência científica, sublinhando o seu potencial de beneficiar a saúde da população em geral.
O futuro está, pois, nas nossas mãos. E estamos a criá-lo. No último ano, a PMI tem vindo a reforçar as suas competências nas áreas das ciências biológicas e experiência clínica, através da aquisição de empresas do setor da Tecnologia e da Saúde – procurando amplificar a experiência acumulada na área da aerossolização, com vista ao desenvolvimento de novas soluções terapêuticas inalatórias.
À Tabaqueira compete, pois, continuar a seguir este caminho de inovação e de crescimento, focado na Ciência. É fundamental garantir que as novas e melhores alternativas aos cigarros são contempladas numa nova geração de políticas públicas, que inclua uma abordagem de redução de risco e mitigação de danos, por forma a que sejam alcançados melhores resultados em Saúde Pública.
O diálogo, transparente e produtivo, com os reguladores e decisores políticos, será essencial para garantir que este caminho de transformação rumo a um futuro melhor continuará a ser trilhado. E que a Tabaqueira se manterá com como um player fundamental da economia portuguesa – criadora de riqueza e emprego, com um forte contributo positivo para as exportações nacionais e importante dinamizadora da economia nacional.
As estórias da privatização
Por ocasião do 80º aniversário da Tabaqueira, em 2007, a companhia publicou um pequeno livro – “80 anos de estórias – Olhares sobre a evolução da empresa” – em que os seus colaboradores partilharam histórias pessoais vividas no seio da organização. No capítulo da privatização, em 1997, com a aquisição pela PMI, as experiências mais relatadas prendem-se com a ‘disrupção’ provocada pela entrada um universo tecnologicamente mais avançado. Não nos esqueçamos que, por essa altura, na grande maioria das empresas nacionais, a internet ainda era um recurso escasso e os telemóveis não existiam. Há quem recorde que a primeira apresentação que preparou para ser feita em Lausanne, sede da PMI, foi o maior stresse profissional que teve na vida, e tudo por conta das impressões a cores a que a casa-mãe obrigava. Com a PMI chegou também o correio eletrónico, impondo um fim à comunicação por escrito em papel que, até então, imperava na Tabaqueira. Se esta inovação foi chave para o desenvolvimento da empresa nacional, a verdade é que provocou uma verdadeira “dor de cabeça” ao responsável de recursos humanos que, seguindo as diretrizes do comprador, definiu os endereços de email dos seus colegas. Entre tantas Marias que preferiam ser conhecidas pelo segundo nome e outros que gostavam mais de um apelido que não o último, a lista de queixas, que pediam outros endereços, avolumou-se, dando azo a processo de negociação – com os colaboradores e com Lausanne – nada simples. Estórias que também são parte da história e do património da Tabaqueira.